segunda-feira, 29 de abril de 2013

Oração subordinada substantiva


Oração Subordinada Substantiva

As orações subordinadas substantivas exercem função sintática própria do substantivo. São geralmente introduzidas por conjunções integrantes, como que e se. 

Ex: Interessa-me       que você compareça.
      oração principal       oração subordinada substantiva


Classificação das orações subordinadas substantivas

As orações subordinadas substantivas podem funcionar como:

- subjetiva: funciona como sujeito do verbo da oração principal. O verbo da oração principal se apresenta sempre na terceira pessoa do singular e nessa não há sujeito, o sujeito é a oração subordinada.
Ex: É necessário que se estabeleça regras nesta empresa.

- objetiva direta: exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, sem auxílio de preposição, indicando o alvo sobre o qual recai a ação desse verbo.
Ex: Quero saber como você chegou aqui. 
- objetiva indireta: funciona como objeto indireto do verbo da oração principal. Está sempre ligada a um verbo da oração principal, com auxílio de preposição, indicando o alvo do processo verbal.
Ex: Mariana lembrou-se de que Manoel chegaria mais tarde.

- completiva nominal: funciona como complemento nominal de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal através de preposição.
Ex: Tenho certeza de que não há esperanças. 
- predicativa: funciona como predicado do sujeito da oração principal. Está sempre ligada ao sujeito da oração principal através de verbo de ligação.
Ex: Minha vontade é que encontres o teu caminho. 
- apositiva: funciona como aposto de um nome da oração principal. Está sempre ligada a um nome da oração principal, sem o uso de preposição e sem mediação de verbo de ligação.
Ex: Faço apenas um pedido: que você nunca abandone os seus princípios.

Orações subordinadas substantivas reduzidas
As orações subordinadas podem ser reduzidas de infinitivo, de gerúndio e de particípio. As subordinadas substantivas só podem ser reduzidas de infinitivo.
As orações reduzidas são classificadas de acordo com sua função no período. Assim:

É recomendável os alunos assistirem à palestra.                             oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 
Imaginava não ser classificado para as finais.
                    oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo
Por Marina Cabral

Oração subordinada adjetiva


Oração Subordinada Adjetiva


Oração subordinada adjetiva é aquela que se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adnominal.
As orações subordinadas adjetivas classificam-se em: explicativas e restritivas.

Explicativas: acrescentam uma qualidade acessória ao antecedente e são separadas da oração principal por vírgulas.
Ex: Os jogadores de futebol, que são iniciantes, não recebem salários.

Restritivas: restringem o significado do antecedente e não são separadas da oração principal por vírgulas.
Ex: Os artistas que declararam seu voto foram criticados.


Orações subordinadas adjetivas reduzidas

As orações subordinadas adjetivas reduzidas podem ter o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.

Vi a menina a chorar. (Vi a menina que chorava.)

O artista, fumando nervosamente, ficou calado. (O artista, que fumava nervosamente, ficou calado.)

Li quatro livros censurados pelo governo brasileiro. (Li quatro livros que foram censurados pelo governo brasileiro.)
Por Marina Cabral

Oração subordinada adverbial


Oração Subordinada Adverbial


Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal.
As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal.
As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.
Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc.
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, ...
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc.
Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São:

- causais: Impedido de entrar, ficou irado.
- concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente.
- condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta.
- consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar.
- finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção.
- temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.
Por Marina Cabral

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ver ou vir?





Há muita dificuldade no uso dos verbos “ver” e “vir”, pois há modos em que as conjugações ficam muito parecidas e, consequentemente, causam confusão. 

Vejamos: o pretérito imperfeito do subjuntivo inicia-se com o uso da conjunção “se” (indicativa de hipótese) e é caracterizado pela terminação “sse”: se ele visse (ver), se ele viesse (vir).

O futuro do subjuntivo inicia-se com o uso das conjunções “quando” ou “se”, indicativas de possibilidade, e é caracterizado pelas terminações “ar”, “er”, “ir”: quando eu o vir (ver), quando eu vier (vir).

A dúvida maior surge quando o verbo “vir” está no infinitivo (vir) e o verbo “ver” está no futuro do subjuntivo (vir). Como saber qual está sendo empregado? Só através do contexto é possível. Veja:

1. Se você o vir passando aqui hoje, dê-lhe o recado. (ver)
2. Diga-lhe para vir até mim, por favor. (vir)

Outra ocasião é do verbo “vir” na primeira pessoa do plural do presente do indicativo e do verbo “ver” também na primeira pessoa do plural, mas do pretérito perfeito do indicativo. Observe:

1. Nós vimos de um lugar muito calmo. (vir)
2. Nós vimos você no shopping esta semana. (ver) 

O importante é estar atento à conjugação dos verbos “ver” e “vir” que, no geral, são diferentes, com exceção dos casos apontados acima.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola